4 de março de 2014

PERU - ROTEIRO


Em outubro de 2013 fiz uma viagem muito legal de 17 dias ao Peru que se estendeu até Copacabana, na Bolívia. Embora pareça muito tempo, há muito coisa legal para se visitar no Peru além de Machu Picchu.

Para retribuir toda a ajuda obtida com os blogs de viagem que consultei para organizar meu roteiro, vou agora relatar o passo a passo da minha viagem, na expectativa de que também possa auxiliar os próximos viajantes.

Roteiro da Viagem

Depois de muitas pesquisas, muitas dúvidas e difíceis decisões, o roteiro que preparei da viagem ficou assim:

Dia 01:  Chegada em Cusco
Dia 02:  Cusco – Passeio ao Vale Sagrado
Dia 03:  Cusco – City Tour (Visita à Catedral, Koricancha + ruínas incas ao redor de Cusco).
Dia 04:  Ida para Águas Calientes
Dia 05:  Machu Picchu
Dia 06:  Retorno a Cusco – Passando por Moray e a Salineira de Maras
Dia 07:  Puno – Passeio às ilhas Uros e Taquile
Dia 08:  Ida para Copacabana (Bolívia) – Passeio pela cidade
Dia 09:  Copacabana – Passeio à Isla de Sol
Dia 10:  Ida para Arequipa
Dia 11:  Arequipa – passeio pela cidade
Dia 12:  Arequipa – Cânion do Colca
Dia 13:  Arequipa – Downhill no vulcão Chachani
Dia 14:  Ida para Lima
Dia 15:  Passeio em Lima
Dia 16:  Retorno Lima – Rio de Janeiro

Peru - Chegada em Cusco

Chegada em Cusco

Meu voo saía do Rio de Janeiro direto para Lima às 05:47 horas da manhã de sábado. Chegamos em Lima umas 09:30 horas, após um vôo super tranqüilo pela TACA Airlines. Como optamos por ir direto para Cusco, pegamos um vôo interno, da cia. aérea peruana Peruvian Airlines, que saiu pontualmente às  13:30 hs. Em 50 minutos, estávamos em Cusco.

Logo que saímos do avião fiquei preocupada em sentir qualquer sintoma do tão falado mal de altitude. Afinal, há muitos relatos de gente que sentiu os efeitos do “soroche” (como é conhecido o mal de altitude) logo no aeroporto. Felizmente, meu marido e eu não sentimos nada! Pegamos nossas mochilas (sim, optei por ir de mochila ao invés de levar minha malinha tradicional e valeu muito a pena) e fomos tratar de fechar, dentro do próprio aeroporto, o táxi para o nosso hotel.

Táxi Aeroporto – Hotel

Fechamos um táxi do aeroporto para nosso hotel, Royal Inka I, que fica na Plaza Regocijo (atrás da Plaza de Armas), por s/ 20,00 soles.

Já vi relatos de pessoas que pagaram menos negociando com táxis na rua mesmo, mas como eu sou muito medrosa com essas coisas de táxis em aeroportos e rodoviárias, prefiro pagar um pouco mais e comprar meu sossego (e segurança).

Do aeroporto até o centro histórico de Cusco levou aproximadamente uns 20 minutos. A região do centro histórico é uma graça, muito bem cuidada, diferente do entorno da cidade.

Hotel em Cusco

Como estava com receio de sentir algum mal estar por conta da altitude em Cusco, optei por reservar um bom hotel. O Hotel Royal Inka I, além de muito bem localizado, era muito bom, tinha um bom atendimento, boa infra-estrutura, mas não era dos mais em conta. De qualquer forma, gostei bastante e se eu voltasse a Cusco, ficaria hospedada lá novamente,

Nossa ideia inicial era chegar e descansar um pouco, seguindo direitinho o conselho de muitos viajantes de não abusar no primeiro dia para não sofrer com o mal de altitude. Mas como tínhamos que fechar o passeio do dia seguinte, decidimos que iríamos à rua só para resolver isso e voltaríamos para o hotel.

Após fecharmos o passeio com a empresa Llama Path, que ficava na rua exatamente ao lado do nosso hotel, resolvemos estender um pouco o passeio e dar uma volta pelas praças (de Armas e Regocijo). Também aproveitamos para comprar águas e snacks para o passeio do dia seguinte.

Jantar na Pizzaria Justina

Depois do nosso passeio, voltamos para o hotel para dar uma relaxada antes do jantar. O lugar escolhido para o jantar foi a pizzaria Justina, descoberta pelo pessoal do Sundaycooks e super recomendada por eles.

A pizzaria fica bem escondida, motivo pelo qual recomendo que se leve o endereço anotado ou, no mínimo, um printscreen do mapa.

O lugar é bem pequeno, mas super aconchegante. As pizzas são ótimas e o preço então, melhor ainda.

Custo - Uma pizza grande, 1cusquenha e 1 jarra de suco de abacaxi deu, aproximadamente, uns 45,00 soles. Muito barato!

Peru - Vale Sagrado

Vale Sagrado

O passeio ao Vale Sagrado é um passeio que leva todo o dia (de 08:30 hs às 17:30 hs), já que reúne a visita às ruínas de Pisac, Olantaytambo e Chinchero.  Por esse motivo, recomendo levar água e alguns snacks para comer.

A Llama Path (agência de turismo) nos deu a opção de contratar o passeio com guia em espanhol ou em inglês. Optamos pelo inglês, já que os grupos em inglês são bem menores do que os grupos em espanhol (vocês verão com seus próprios olhos!). Felizmente, não nos arrependemos. Nosso grupo tinha apenas 12 pessoas, o que torna os deslocamentos mais fáceis, já que não se perde tanto tempo nos locais esperando reunir todo o grupo.

Para visitar as ruínas é necessário possuir o boleto turístico, uma espécie de ingresso para as atrações turísticas de Cusco e arredores.

O boleto é vendido de duas formas:

(i) ou você adquire o boleto que custa s/130 soles, o qual te dá o direito de visitar até 16 atrações, entre ruínas e museus, e é válido por 10 dias; ou
(ii) adquire o boleto que custa s/70 soles e que é válido somente para as visitas realizadas no dia da compra do bilhete.

Meu marido e eu compramos o boleto de s/130 soles na chegada à Pisac, primeiro destino da excursão ao Vale Sagrado. Na entrada do acesso às ruínas há uma guarita onde o boleto turístico é vendido (integral ou parcial). A van parou e todos compramos nossos boletos.

Primeira parada: Pisac

Eu adorei a visita à Pisac!
Nas ruínas de Pisac vemos belos e impressionantes terraços que eram utilizados pelos incas para a agricultura, além de construções que ficam bem no topo da montanha.



Recomendo chegar cedo ao local porque quanto mais tarde, mais cheio de turistas fica.

Em seguida, o passeio segue para o mercado local de Pisac. É uma espécie de “feirinha”, onde são vendidos milhares de artesanatos, mantas, toalhas, passadeiras de mesa, casacos, ponchos, gorros, luvas, dentre outros milhares de “badulaques” que você ainda verá muito ao longo da viagem, pois são vendidos em toda “feirinha” peruana (e elas são muitas!).

Mas não é só isso não!

A partir de determinado momento as barraquinhas de “artesanias” vão dando lugar a barracas de alimentos. Logo estamos em meio a inúmeras sacas de batatas, milhos e a uma grande variedade de vegetais. Quem quiser se aventurar pode arriscar experimentar alguma coisa por ali. Meu marido arriscou e AMOU o milho cozido(choclo)! Eu também provei o milho e realmente é muito saboroso. Vale muito a pena.

Depois da visita ao mercado de Pisac, nosso grupo seguiu para Olantaytambo, parando antes para almoçar em um restaurante em Urubamba. Minha impressão foi a de que o restaurante já é ponto de parada de todas as excursões que estão a caminho de Olantaytambo. Mas não achei isso ruim não. Na verdade, acho que justamente por isso o lugar é arrumadinho e tem um Buffet bem variado, além, é claro, da típica flauta peruana. O preço também achei justo: buffet self-service, incluindo sobremesa, por s/35,00 soles cada (bebidas a parte). Eu, particularmente, comi muito bem e experimentei algumas comidas típicas peruanas.

Depois do almoço, todos de volta à van para seguirmos até Olantaytambo.

Segunda Parada: Olantaytambo

Chegando à Olantaytambo, mostramos novamente nosso boleto turístico e entramos na “atração”. O guia nos contou um pouco da história do local e fomos subindo a escadaria inca para explorarmos as ruínas. Muito legal o lugar!



Terceira Parada: Chinchero

Depois de Olantaytambo ainda tínhamos a visita à Chinchero.

A cidade é um pouco longe de Olantaytambo, e confesso que já estava um pouco cansada. Mas ok, fazia parte do passeio.

Chegando ao local, fazemos uma visita a uma igreja construída pelos espanhóis sobre antigas construções incas. O lugar é bonito, mas, na minha opinião, não é tão interessante quanto os outros dois passeios que são, de fato, ruínas. A igreja é bonita, mas não é imperdível. A própria Catedral de Cusco é bem mais bonita.

Talvez possa ter sido o cansaço físico, afinal já estávamos no final de um dia de passeio que havia começado às 08:30 da manhã, mas fato é que eu, particularmente, não gostei muito de Chinchero.



Depois de conhecer Chinchero, retornamos à Cusco. Deixamos tudo no hotel (mochilas com água, snacks, protetor solar, etc) e saímos para comer alguma coisa rápida. Aproveitamos para comprar mais águas e snacks para o passeio do dia seguinte e voltamos ao hotel para dormir.

  

Peru - Cusco - City Tour

City Tour em Cusco

O passeio vendido pelas agências como “city tour” consiste na visita (i) à Catedral de Cusco, (ii) à Koricancha (ou templo do sol) e (iii) às ruínas de Kenko, Sacsayhuama, PucaPucara e Tambomachay.

Com exceção da Catedral e do templo Koricancha, cujas entradas são cobradas nas bilheterias de cada local, o ingresso nas ruínas é feito com o boleto turístico. Como eu já havia comprado o boleto anteriormente (o completo, de s/130,00 soles), utilizei ele mesmo para visitar as ruínas no “city tour”.

Apesar dos muitos lugares a serem visitados, o passeio foi marcado para começar às 13:00 horas na Catedral. Desvantagem desse horário: é muito provável que você chegue à última ruína já anoitecendo, com tudo escuro ou sequer consiga visitar a última ruína, que foi o que aconteceu comigo. Então, fica a dica: tentem começar esse passeio mais cedo, se possível.

Às 13:00 horas, depois de termos resolvido algumas coisas na parte da manhã, encontramos o pessoal da Lhama Path na porta da agência e eles nos levaram, junto com outros turistas que também estavam ali aguardando, para a porta da Catedral para iniciarmos o tour.

Catedral de Cusco

Para entrarmos na Catedral temos que pagar uma entrada que custou s/25 soles.
A visita à Catedral foi uma grata surpresa! Achei interessantíssimas todas as informações contadas pelo guia (sim, a visita é guiada, mas você pode escolher entre inglês ou espanhol), toda a história daquela construção, da Cidade, dos quadros, das imagens de santos, etc. Mas confesso que eu, particularmente, gosto de visitar igrejas. Mas no caso da Catedral de Cusco, a visita tem um viés mais histórico do que religioso.

Koricancha (Templo do Sol)

Depois da visita à Catedral, o grupo segue caminhando para Koricancha, que é perto dali. Para entrar no templo também é preciso pagar uma entrada de s/ 5,00 ou s/ 10,00, não me lembro exatamente (a entrada não está incluída no boleto turístico). O templo é bonito, é interessante, cheio de história, mas um pouco cheio demais (de turistas, claro!).



A visita à Koricancha não é muito longa. Assim que termina, o grupo segue para um ônibus para partirmos para as ruínas.

Visita às Ruínas de Kenko, Sacsayhuama e Tambomachay

Não sei se há uma ordem específica, mas nosso passeio começou pelas ruínas de Kenko, depois seguimos para Sacsayhuama e Tambomachay. Como já era de se esperar, não deu para irmos à Puca Pucara porque já estava escuro e não ia dar para ver nada.

Em cada ruína é cobrada a apresentação do boleto turístico, o qual vai sendo perfurado em cima dos nomes das atrações.

Ponto alto do passeio: a visita à Sacsayhuama. O lugar é incrível! É enorme! Vale gastar mais tempo explorando o local.
Ponto fraco do passeio: além de não termos visitado a última ruína (Puca Pucara), no final do passeio, ao invés de voltarmos direto para o centro de Cusco, nosso ônibus parou em uma loja totalmente turística onde há uma pequena apresentação sobre a diferença entre lã de alpaca, de baby alpaca, de vicuña e fibra sintética. Obviamente que a intenção é fazer os turistas comprarem os (caros) produtos da loja.




Depois de esperar que alguns turistas fizessem compras lá, retornamos ao centro de Cusco.

Jantar em Cusco - Restaurante Fuego

Chegando a Cusco, encerramos a noite no restaurante Fuego (Cale Plateros). O lugar é muito agradável, mas, acima de tudo, tem um hambúrguer que é maravilhoso!! Além de muito saboroso, é bem servido e o preço é ótimo. Para quem não estiver com vontade de comer burguers, há opções de pratos, inclusive típicos, como o ají de galinha, um clássico da cozinha peruana.


Peru - ida para Machu Pichu

Ida para Águas Calientes

Fomos para Águas Calientes no trem Vistadome que saía da estação Poroy às 07:55 horas.

Antes de partirmos, deixamos nossa bagagem no próprio hotel de Cusco e levamos apenas uma mochila pequena com tudo o que precisaríamos para passarmos uma noite em Águas Calientes.

Do hotel até a estação de trem de Poroy levou uns 25 minutos aproximadamente. Como pedimos o táxi no hotel, não pagamos muito barato não. Salvo engano foi uns s/ 25 soles.

A viagem de trem é muito agradável e proporciona ao viajante paisagens incríveis dos vales. A única coisa chata é a demora. A viagem dura 03:00 horas, mas o visual é bem legal, vejam:




Chegando a Águas Calientes, fomos procurar nosso hotel, deixar as coisas e partir para explorar a micro cidade, afinal, havíamos reservado a tarde da terça-feira para passear pela cidade e relaxar.

Hotel em Águas Calientes

Nosso hotel, Hotel Sol de Oro, não era exatamente na muvuca da cidade, mas em Águas Calientes nada é longe.

Depois de deixarmos nossas coisas no hotel, fomos direto comprar os tickets para o ônibus que sobe para Machu Picchu (mais detalhes no próximo post).

Depois de comprarmos os tickets do ônibus fomos almoçar e passear por mais feirinhas de “artesania”. Fizemos também algumas compras de água e snacks para levarmos para Machu Picchu no dia seguinte.



Peru - Machu Pichu (parte 1)

Machu Picchu

Horário

Acordamos na quarta-feira por volta das 04:20 hs da manhã, nos arrumamos, tomamos café da manhã no hotel e partimos logo para o ponto do ônibus para pegar o primeiro ônibus que sobe para Machu Picchu, que sai às 05:30 da manhã.

Para subir a Machu Picchu o turista pode (i) ir a pé (haja fôlego) ou (ii) pegar os ônibus que saem a todo o momento e levam uns 20 minutos até a entrada do parque, sendo que o primeiro ônibus sai às 05:30 da manhã. Os tickets dos ônibus podem ser comprados em uma bilheteria que fica bem em frente ao ponto dos ônibus. O preço que pagamos foi de US 18,50 por pessoa.

Para quem pensa que 05:30 da manhã é muito cedo, saiba que se forma uma fila considerável de pessoas que querem subir no primeiro horário para Machu Picchu. Meu marido e eu chegamos umas 05:15 horas e já pegamos o segundo ônibus.

Porque resolvemos ir tão cedo?

Porque nossa ideia era explorar e curtir Machu Picchu antes da chegada das grandes excursões que, geralmente, chegam nos primeiros trens do dia, vindos de Cusco ou Olantaytambo. Assim, quando o parque estivesse mais lotado, por volta das 10:00 horas, já estaria na hora da nossa subida à Wayna Picchu.

Entrada em Machu Picchu

Após 20 minutos de subida de ônibus, chegamos à portaria do parque e aguardamos até a abertura, às 06:00 horas.

Do lado de fora do parque há diversos guias que oferecem visitas guiadas por Machu Picchu. Como não era minha intenção fazer a visita com guia, não consultei os preços, mas há muitos relatos em diversos blogs sobre as visitas guiadas e os custos.

As entradas para a visita à Machu Picchu devem ser compradas pela internet. Comprei as minhas com pouco mais de um mês de antecedência no site http://www.machupicchu.gob.pe e não tive problemas com a aceitação do cartão de crédito. Comprei duas entradas para Machu Picchu, mais a subida à Wayna Picchu, o que deu um total de s/ 316,26 soles.

Felizmente, todo nosso planejamento deu certo. Pudemos explorar com calma toda a beleza da cidade inca antes da chegada dos grandes grupos de turistas. Pouco antes das 10:00 horas, horário da nossa subida à Wayna Picchu, já havíamos andado bastante e estávamos sentados próximo à entrada da trilha da montanha, fazendo um lanche enquanto aguardávamos nosso horário.  (continua no próximo post...)






Peru - Machu Pichu (parte 2)

Subida à Wayna Picchu

O turista pode escolher um dos dois horários disponíveis para subir a montanha: às 07:00 ou às 10:00 horas. Eu escolhi subir no grupo das 10:00 horas da manhã porque, como mencionei, queria explorar Machu Picchu antes, com o lugar ainda vazio. E não me arrependi. Embora a trilha possa ser mais vazia às 07:00 horas da manhã, o tempo não estava muito bom nesse horário. Havia muitas nuvens cobrindo a montanha. Às 10:00 horas já estava um sol maravilhoso. Além disso, para quem sobe às 07:00 horas, quando retorna à Machu Picchu já encontra o parque bem cheio.

A trilha para Wayna Picchu não é exatamente longa, mas é íngreme e como são muitos degraus, acaba parecendo longa, já que as pessoas param com mais frequência para descansar e recuperar o fôlego.




Depois de curtir Wayna Picchu e de explorar Machu Picchu mais um pouquinho, era hora de partir. Fomos saindo do parque em direção à fila dos ônibus que descem para ÀguasCalientes. Quando vimos o tamanho da fila, levamos um susto. A fila era enorme, dava voltas e voltas. Um pouco frustrados, entramos no final da fila, mas não resistimos muito tempo. Ficamos tão revoltados ao ver gente furando fila, gente oferecendo dinheiro para que fossem passadas na frente de outras pessoas, que não suportamos ficar ali. Decidimos então descer a pé para Águas Calientes.

A descida é cansativa. Não recomendo. Embora haja uma trilha com muitos degraus para descer (e para baixo todo santo ajude), até chegar ao centro de Águas Calientes levamos uma hora e meia. Mas apesar do cansaço, a vista do vale era incrível.

Almoço em Águas Calientes

Chegando em Águas Calientes, por volta de 15:30 horas, fomos almoçar no super bem recomendo restaurante Índio Feliz. Já havíamos tentado ir na noite anterior, mas estava cheio e não havíamos feito reserva.

O lugar oferece ótimas opções de pratos e um ambiente muitíssimo agradável. Optamos pelo menu que oferecia entrada, prato principal e sobremesa por s/ 59 soles. Nossa, como vale a pena! Os pratos são muito bem apresentados e muito fartos. Se eu soubesse que era tão bom, teria feito todas as minhas refeições no Índio Feliz.

Ida para Olantaytambo

Depois e fazermos hora no hotel, fomos para a estação de trem para pegarmos o trem da noite de Águas Calientes para Olantaytambo. Como escolhemos o último trem da noite, chegamos lá por volta das 23:00 horas, sendo que uma pessoa do nosso hotel já nos aguardava na estação de trem (nós combinamos por e-mail).

Hotel em Olantaytambo

O Hostal Andean Moon era mega, ultra, simples. Reservamos através do booking.com e, como a ideia era só ter um lugar para passar a noite, já que sairíamos cedo no dia seguinte, reservamos o mais em conta que achamos.  Se eu tivesse que voltar e dormir em Olantaytambo, confesso que tentaria achar um hotel um pouco mais confortável. 

Peru - Moray e Salineras de Maras

Moray e Salineras de Maras

Depois de fazermos o check-out no hotel, fomos para a praça de central de Olantaytambo tentar fechar um táxi para nos levar de volta a Cusco, mas passando por Moray e pelas Salineras de Maras. Fechamos com um taxista a corrida por s/ 110,00 soles.

O trajeto todo, contando com as paradas em Moray e Salineras, levou aproximadamente umas 4 horas.

Moray

A primeira parada é em Moray. É um passeio bem legal e bem rápido. Para entrar também é exigida a apresentação do boleto turístico.




Recomendo levar chapéu/boné e filtro solar, já que lá não tem sombra!

Salineras

O passeio às Salineras também é bem legal e diferente das demais visitas que fazemos no circuito Cusco-Machu Picchu. É importante levar óculos escuros, já que o branco do sal é de doer a vista.



Como não está incluída no boleto turístico, é preciso pagar a entrada nas Salineras, que custou s/ 7,00 soles.

Chegando à Cusco, não resistimos à tentação e almoçamos mais uma vez no Fuego.

Depois fomos buscar nossa bagagem no Hotel Royal Inka I e fizemos hora até o horário do nosso ônibus para Puno.

Peru - Puno (Uros e Taquile)

Ida para Puno – Passeio às Ilhas Uros e Taquile

Trajeto Cusco – Puno

Optamos por fazer o trajeto de ônibus noturno. Saímos de Cusco em um ônibus da empresa Transzela  às 22:00hs e chegamos em Puno às 06:00 hs da manhã.

Compramos o bilhete do ônibus com uma agência que ficava na Rua Plateros, em Cusco, onde também fechamos o passeio às ilhas Uros e Taquile, em Puno. Mas chegando na rodoviária de Cusco vimos que existem vários balcões de empresas de ônibus gritando todos os destinos imagináveis. Ou seja, é possível fechar a viagem de ônibus para Puno (ou qualquer outro lugar do Peru) na própria rodoviária, onde existe uma grande variedade de boas empresas de ônibus.

Gostamos bastante da empresa com a qual viajamos (Transzela), a viagem foi ótima, nada a reclamar, e chegamos pontualmente à Puno.

Chegando em Puno, uma pessoa da agência onde tínhamos comprado as passagens de ônibus e o passeio às ilhas estava nos esperando para entregar os bilhetes do passeio. Em seguida, pegamos um táxi até nosso hotel que nos custou s/ 5,00 soles, deixamos nossas coisas e aguardamos até as 07:30, horário em que vieram nos buscar para o passeio.

Hotel em Puno

Adoramos o Hostal Helena Inn. Além de boa localização, o quarto tinha um tamanho bom, a ducha era boa (água quente) e o café da manhã era tranquilo (não é esquema buffet, mas tinha fruta, suco, café/chá, frios, pães, geléia e eles oferecem ovos mexidos). Achei ótimo custo benefício!

Visita à ilha flutuante dos Uros

Como mencionado, às 07:30 nos buscaram no hotel e fomos para o porto pegar o barco com destino a uma das ilhas flutuantes.

Nosso trajeto foi longo e o barco era extremamente demorado. Como todo passeio que fiz pelo Peru, tinha um guia que ia explicando (em inglês e espanhol) toda a história dos Uros, da construção das ilhas flutuantes, etc. Depois de mais de uma hora de viagem, chegamos à ilha flutuante.




Na ilha nós ouvimos um pouco de história, vemos os artesanatos que eles fazem e, para quem quiser, é possível fazer o passeio no barco deles, feito de totora. Eu não fiz o passeio, mas se não me engano eles cobram s/ 10 soles por pessoa por uns 10 minutos de passeio.

Visita à ilha Taquile

Saindo da ilha dos Uros fomos para a ilha Taquile.

A ida à Taquile também levou um tempo considerável (realmente acho que o barco em que eu estava era mais demorado que o normal).

Assim que chegamos o guia recomendou que subíssemos o caminho de pedras que leva ao topo da ilha com bastante calma por conta da altitude.




Após alguns minutos de caminhada o guia nos leva à casa de uma família que mora na ilha, onde a família prepara nosso almoço. Lá o guia nos conta um pouco da cultura do povo que vive na ilha e há também uma demonstração, pela própria família que nos recebe, das danças típicas do local. É bem legal!




O almoço, embora preparado pela família, é pago. Por pessoa sai uns s/ 20,00 soles, fora as bebidas.



Quando fui, a família serviu de entrada uma sopa de quinua deliciosa (que, aliás, vou tentar repetir em casa) e, como prato principal, pudemos escolher entre Truta ou Omelete.

Depois do almoço, continuamos caminhando até a praça central, o ponto mais alto da ilha, onde há algumas “artesanias” e uma belíssima vista do lago Titicaca. Após 15 minutos de “tempo livre” na praça, voltamos ara o barco para retornar à Puno.




Jantar em Puno – Pizzaria El Tumi

Caminhando pela Cale Lima, a principal rua de pedestres da cidade, visualizamos numa rua transversal a pizzaria El Tumi. Demos uma espiada e, após confirmarmos que tinha forno à lenha, entramos. O restaurante é bem pequeno, mas super aconchegante. Comemos uma pizza deliciosa, talvez a melhor da viagem, e tomamos “jugos” de “manzana” e de “piña” sensacionais! O preço, uma bagatela. Nem me lembro!

Peru - Ida para Copacabana (Bolívia)

Ida para Copacabana

Da rodoviária de Puno saem ônibus para inúmeros lugares, dentre eles, Copacabana, na Bolívia.

Nossas passagens já haviam sido compradas lá em Cusco, na mesma agência de turismo da Rua Plateros, na mesma ocasião em que compramos as passagens Cusco-Puno.

A viagem de ônibus de Puno à Copacabana não é demorada. Logo que nos aproximamos da fronteira do Peru com a Bolívia todos os passageiros do ônibus têm que descer para fazer a imigração. Nesse mesmo local há também casas de câmbio para trocar/comprar pesos bolivianos.



Após todos os passageiros retornarem ao ônibus, a viagem segue por mais uns 8 km até a rua principal de Copacabana, onde o ônibus faz sua parada.

De lá optamos por pegar um táxi até o nosso hotel. Na verdade, nós tínhamos uma reserva no Hotel La Cupula para o dia seguinte, mas não tínhamos para o dia da nossa chegada à Copacabana. Isso porque, acabamos fazendo uma pequena mudança de planos no meio da viagem e optamos por antecipar em um dia nossa chegada a Copacabana. Nós já sabíamos que não havia vaga no hotel no dia da chegada antecipada, mas resolvemos ir até lá para tentar a sorte.

Hotel em Copacabana

O táxi até o Hotel La Cupula foi bem barato, mas ainda assim achei quase uma afronta a cobrança, já que o hotel ficava ridiculamente perto da rua principal onde estávamos. A questão chata era realmente a ladeira que havia para subirmos. ;)

O hotel é bem simples, mas é legal, descolado, tem uma arquitetura bacana. Além disso, fica no alto de uma montanha, proporcionando um visual bem legal da cidade e do pôr do sol.

Infelizmente não havia nenhum quarto disponível e só poderíamos fazer o check-in no dia seguinte mesmo, conforme nossa reserva inicial. Diante disso, fomos descendo a ladeira atrás de um outro hotel e logo encontramos o Hotel La Aldea del Inca.

Achamos o hotel legal, com uma boa infra-estrutura e decidimos ficar. Mas a diária, embora eu não me recorde exatamente quanto foi, com certeza foi beeem mais cara do que a cobrada no La Cupula, que foi de US 28,00 o quarto de casal com banheiro privativo (mas sem café da manhã. O café é opcional e é pago à parte. Por sinal, é bem gostoso o café do hotel).

Depois de nos instalarmos no hotel, fomos à rua principal para almoçarmos e nos informarmos do passeio à Isla del Sol.

Almoço em Copacabana

A caminhada pela rua principal é muito agradável. Apesar de não ter nada de demais, Copacabana tem um certo charme. Há uma mistura interessante entre o povo local e os estrangeiros que se enraizaram ali e agora comandam bares e restaurantes, ou vendem artigos hippies nas ruas, com cara de “forasteiros” mesmo.

Dentre as opções de almoço, acabamos escolhendo o Restaurante Colonial, na própria rua principal. O lugar é agradável, pois tem mesas ao ar livre, mas a comida não é nada de demais. O preço foi ótimo e o “jugo de piña” também foi excelente, mas se eu voltasse, certamente iria optar por conhecer algum outro restaurante.

Visita à Igreja de N.Sra. de Copacabana e ao Cerro Calvário

Depois do almoço fomos sondar os preços do passeio de dia inteiro à Isla del Sol. Os preços não variam muito, giram em torno de 25 e 28 pesos bolivianos. Compramos nosso passeio para o dia seguinte e fomos caminhar pela cidade.

Fomos conhecer a famosa igreja de N. Sra. de Copacabana que é realmente linda!
Saindo de lá, fomos seguindo as placas até o caminho do Cerro Calvário, que leva a um mirante de onde se tem uma bela vista do Lago Titicaca.

Embora eu não estivesse sentindo qualquer efeito da altitude, não queria arriscar e optei por subir o caminho do calvário bem devagar, parando para tomar água (não deixe de levar!) e recuperar um pouco o fôlego. Acreditem, o cerro não tem esse nome à toa. O local é, na verdade, uma via sacra, por onde estão dispostas estações contando a história da paixão de Cristo.

Chegando no topo da montanha, o visual do Titicaca é realmente surpreendente. Além da imensidão imponente do Lago, a vista de Copacabana do alto do Cerro também é encantadora.



Curtimos um pouco o visual, descansamos e depois voltamos para o hotel.

Jantar em Copacabana


O jantar foi em um dos restaurantes da rua principal. Nada excepcional. Optamos por uma pizza no forno a lenha, pois não queríamos arriscar nada que pudesse nos fazer passar mal no dia seguinte. Eu não guardei o nome do local, desculpe pessoal, mas também não era nada imperdível. Quem achar um lugar para comer em Copacabana que seja realmente imperdível, me avise.